Blogia
Poemas - Gustavo Balcázar

MP3 PLAYER

MP3 PLAYER  

Me desplazo,

Me muevo entre los edificios

llevando en mi bolsillo

-Envasados, contenidos-

Pedazos de otros sueños

 

 

1 comentario

Fátima Venutti -

PELA JANELA

Fátima Venutti


Hoje,
Silencio as sementes corcundas
Aradas na solidão deste meu tempo

Pela janela,
Regresso ao sentir passar a vida
No vôo equivocado de uma borboleta azul.
Miro os caminhos transpassados
Na vida de outras vidas
Solitárias, apressadas
E a escorrer, vidro afora
O sangue da derrota
Contrapartida.

Fecho os olhos
E ainda miro meu exílio,
Rebuscado e afoito
A saltar do 14º andar.
Janela dentro,
Vida afora.
Minha solidão esbarra,
incontida,
No chafariz da morte
E a bailar os saltos desta sina,
Janela adentro
Meu exílio suplica.

Num arroto,
Amordaço o vidro da discórdia
E centro o eixo
Da minha poesia
Num grito arrebatado:

Deixem o vento
Invadir minha morada!


Pela rua,
Vidas suadas passam,
Uma borboleta azul pousa, sangrando,
Na corda pendurada do suicida.
Dia seguinte,
O jornal anuncia
mais duas mortes na BR 101.