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Poemas - Gustavo Balcázar

OTRO SIGNIFICATIVO

OTRO SIGNIFICATIVO

En ouvrant les yeux le matin
Aussitôt la peine m'emplit
Mais parfois je ne ressens rien
Ou juste le vif sentiement
De ne pas être d'ici...
J'aime alors contempler le ciel
Avoir l'impression de m'envoler
vers les nuages qui passent puis s'effacent
Dans le bleu d'une mer sans fin.

Alcest

 

Otro rostro, otro aroma, otras sonrisas, otras bromas;
Otro dialecto de caricias a inventar.

Otros te quiero, otros fluidos, otros diálogos perversos...
Otros bríos rebeldes en busca de liberación.

Otros ecos de pasados inexistentes, otras campanadas a medianoche, otras conmovedoras melodías de Manchester tocadas hasta el esplendor.

Otras cuencas horadadas en el pecho por glaciares de esencia montañosa y oceánica, desolada y borrascosa.

Otras expediciones entre florestas de piernas y caderas, de pechos y vulva,   de magma y ceniza, de destrucción y resurgimiento, en pos de la cima del deseo emancipado, que fluye como naciente, como maná ardiente, que sacia y que apremia, que satisface y que condena... Otros labios sedientos por la saliva volcánica de un beso sanbernadino a quemarropa.
Otras entrañas abiertas como refugio... contenido y continente.

Otras esperanzas para el ímpetu imperialista de seductor castellano, de criollo portaliano.

Otro significado para los peores versos del desarraigo
y una nueva interpretación para el rugir de las estrellas.

Música sugerida: Alcest - Ciel errant

2 comentarios

Gabriela Coutinho -

"É inacreditável a igenidade de um ser humano, quando se trata de emoções.
Depois de uma decepção, quando decidi "tomar vergonha", estufei o peito confiante, sentindo-me forte e dono de meu destino, deparei com um desafio.
Em um tão curto espaço de tempo lá vem o amor novamente.
Andando lentamente em minha direção,mostrando-me os dentes num sorriso insolente, o ingrato!
Agindo como um amigo distante que quando chega sem pedir licença cai no sofá da sala com aquele olhar maroto.
Assim olha-me o amor, cínico, esqueceu do sofrimento que me causou e agora espera que eu o acolha sem ressentimentos.
Lamento nesse momento não ter um coração de pedra, firme, inabalavel, porque me olhando assim o intruso põe a prova todos os meus esforços.
Sento-me fraquejar numa mistura de raiva e ternura, ódio de minha resistencia fracassada.
Tolice! Perco meu amor proprio e orgulho quando aceito que me envolva.
Inerte e aconchegado, minha redenção.
Traído por mim mesmo e envergonhado.
Traído porque sei que ele me deixará. para então visitar-me, e tornar a me abandonar. Resumindo-me a um estado miseravel de solidão."

Gabriela Coutinho -

Dor do Século

Dor é companhia de quem ama
Companheira da saudade de quem
Chama o amor que se perdeu

Dor que não tem reméio
Começo, meio ou fim.
Só doe. Só fere.

Machucado, tonto corazón
Entregou-se às cegas
Arrebentou-se no chão

Cacos...

Feridas cicatrzam irmão!
Mas as marcas não te deixam, não.
Ficam alí, de prova, um selo
Como as linhas das mãos

Mal do século foi solidão
Mal do século é depressão
Volta a realidade, meu coração.

GABRIELA COUTINHO
27/09